segunda-feira, 7 de abril de 2014

Projeto de Pesquisa: Senhores e Escravos no Brasil Colonial.

 
                                                       RESENHA DO FILME.
 
Nesse filme o diretor Sérgio Bianchi, tenta nos mostrar de forma chocante a realidade atual em que os indivíduos de baixo poder aquisitivo se situam na sociedade.
A idéia principal do filme é apontar que a dura realidade que essas pessoas vivem sirva para acordar os que vivem num mundo mágico e que ainda não sabem, ou finjem que não sabem, que ela existe e estará presente cada vez mais na vida deles, e que é impossível não se constranger e tomar uma atitude por menor que seja em relação à essa situação.
Bianchi faz um paralelo com a escravidão de antigamente e a marginalização presente nos dias de hoje e nos mostra que de certa forma, mesmo que a escravidão tenha sido abolida, alguns indivíduos ainda vivem mesmo depois de tantos anos, igual ou pior aquela situação, sendo tratados como mercadorias e não como gente.
O papel das Ongs é questionado e verifica-se que esse terceiro setor pode ser administrado por quem esta mais interessado em administrar uma indústria do que propriamente uma Ong, porem, devido a sua aceitação maior por todos, é mais convincente e mais lucrativo utilizar-se desse nome.
O exagero está presente em grande parte do filme. Isso se explica devido à intenção do autor em chocar o espectador e faze-lo refletir sobre o que ele poderá fazer para que aquilo não chegue naquele ponto. As cenas são repentinamente cortadas para outras para que possamos imaginar como seria certa situação há 200 anos atrás, e traçarmos uma linha de comparação e concluir o que realmente mudou daquele tempo pra cá. Isso acaba atrapalhando a narrativa e consequentemente, dificulta a compreensão do espectador num primeiro momento.
O filme ainda apresenta dois finais, permitindo ao espectador refletir sobre o desfecho da historia em que todos nos estamos vivenciando. Isso poderá confundir o espectador, visto que ficara uma lacuna a qual ele devera escolher o desfecho, pondo-o em conflito se ele realmente vivencia aquela sociedade.